quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um pouco mais sobre. A maçonaria


Esta secção refere-nos a ligação entre a Maçonaria e o Antigo Egipto, que tem largamente sido relatada através de lendas, como a do assassínio do mestre Hiram Abiff. Sempre que seja propício, novos artigos serão publicados, tentando estabelecer uma relação mais concreta entre ambos.
I – O ASSASSÍNIO DE HIRAM ABIFF"A lenda do Mestre Construtor [Hiram Abiff] é a grande alegoria maçônica. Na realidade, a sua história figurativa é baseada numa personalidade das Sagradas Escrituras, mas os seus antecedentes históricos são de acontecimentos e não da essência; o significado reside na alegoria e não em qualquer fato histórico que possa estar por detrás."- A.E. Waite, New Encyclopedia of FreemasonryA lenda de Hiram Abiff está intrinsecamente ligada às origens do Templarismo Germânico. "Alguns destes manuscritos do século XVII [preservando as 'Old Charges'] não se referem a Hiram Abif, o que levou alguns a crer que esta «personagem» seria uma invenção de um período mais recente. Todavia, o nome Hiram Abif era meramente uma das designações desta figura fulcral; ele é também mencionado como sendo Aymon, Aymen, Amnon, A Man ou Amen e, por vezes, Bennaim. - Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons.

Para o construtor iniciado, o nome Hiram Abiff significa 'Meu Pai, o Espírito Universal, um em essencial, três em aparência. 'Ainda que o Mestre assassinado seja o estereotipo do Mártir Cósmico - O Espírito crucificado do Bem, o Deus moribundo - cujo Mistério é celebrado por todo o mundo."

"Os esforços levados a cabo para descobrir a origem da lenda de Hiram demonstram que, apesar da forma relativamente moderna de representação da lenda, os seus princípios fundamentais remontam a uma longínqua Antiguidade. É habitualmente reconhecido pelos estudiosos maçônicos que a história do martirizado Hiram é baseada em antigos rituais egípcios do deus Osíris, cuja morte e ressurreição retratam a morte espiritual do Homem e sua regeneração através da iniciação nos Mistérios. Hiram é também identificado com Hermes através da inscrição na Placa de Esmeralda"- Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical Philosophy

"De acordo com as Escrituras, Hiram não era um arquiteto, mas um mestre no trabalho do latão e bronze. Ele não terá sido assassinado, mas terá vivido para ver o templo construído, tendo então regressado à sua terra natal."- Baigent & Leigh, The Temple and the Lodge
"A única explicação razoável para se ter chegado ao verdadeiro nome do herói maçônico é que Hiram significava 'nobre' ou 'real' em Hebreu, enquanto Abiff foi identificado como sendo francês antigo para 'o que se perdeu', originando uma descrição literal de 'o rei que se perdeu'."- Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons.
Knight e Lomas avançam a teoria de que Hiram Abif era, na realidade, Sequenere Tao II, o verdadeiro rei egípcio que viveu em Thebas, cerca de 640 kilómetros a sul de Hyksos, capital de Avaris, perto dos limites do reino de Hyksos. Sequenere era o "novo rei do egipto, que não conhecia José", que foi vizir por volta de 1570 A.C. Apophis especula-se, quereria conhecer os rituais secretos de Horus, que permitiam aos faraós transformarem-se em Osíris na morte e viver eternamente como uma estrela. Apophis enviou homens a seu soldo para extrair a informação de Sequenere, mas ele mais facilmente morreria com violentas pancadas na cabeça antes de contar alguma coisa; na verdade, foi o que aconteceu.

A identificação de Hiram Abif como sendo Sequenere baseia-se no crânio da múmia, o qual parece ter sido esmagado por três golpes aguçados, como os que foram deferidos em Hiram Abif.
E quanto aos assassinos descritos no folclore maçônico como Judeus? Knight e Lomas sugerem que este serão dois dos irmãos expatriados de José, Simeon e Levi, auxiliados por um jovem padre de Thebast. Como prova, Knight e Lomas apontam a múmia encontrada ao lado da de Sequenere. O corpo não embalsamado pertencia a um jovem que morreu com os orgãos genitais cortados, e com um estertor de agonia no rosto. Teria ele sido enterrado vivo como castigo pelo seu crime?

"Os rituais maçônicos referem Hiram Abif como o 'Filho da Viúva'... na lenda egípcia, o primeiro Horus foi concebido após a morte de seu pai, pelo que a mãe já era viúva mesmo antes da concepção. Parece lógico que, todos os que, daí em diante, se tornaram Horus, i.e., os reis do Egipto, se apelidaram de 'Filho da Viúva'" [ver «Isis, the Black Virgin» para mais informação.]- Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons.

II - THOTH E ENOCH
"No antigo Egipto, aos engenheiros, projetistas, e maçons que trabalhavam nos grandes projetos arquitetônicos era concedido um estatuto especial. Eram organizados em corporações (ou associações) de elite..."
"Foram encontradas, pelo arqueólogo Petrie, provas da existência dessas corporações especiais, durante as suas expedições ao deserto do Líbano em 1888 e 1889. Nas ruínas de uma cidade construída por volta de 300 a.C., a expedição do dr. Petrie descobriu diversos registros em papiro, Uma parte descrevia uma corporação que mantinha reuniões secretas por volta de 2000 a.C.. A corporação reunia-se para discutir o nº de horas de trabalho, salários e regulamentos do trabalho diário. Reunia-se num local de culto e providenciava apoio a viúvas, órfãos e trabalhadores em dificuldades, Os deveres organizacionais descritos nos papiros são extremamente semelhantes aqueles atribuídos ao 'Vigilante' e 'Venerável' num ramo moderno da....Maçonaria."- William Bramley, The Gods of Eden

"Eu sou o grande Deus na barca divina... sou um simples padre no inferno da sagração de Abido, subindo a degraus mais altos da Iniciação... sou o Grande Mestre dos artífices que elevaram o arco sagrado como suporte."- Thoth to Osiris, The Egyptian Book of the Dead
"De acordo com uma velha tradição maçônica, o Deus egípcio Thoth 'teve grande participação na preservação do conhecimento do ofício maçônico e na sua transmissão á humanidade após as grandes cheias... '"- David Stevenson, The Origins of Freemasonry
"O autor de um estudo acadêmico bem fundamentado [The Origins of Freemasonry]... chegou ao ponto de dizer que, no início, os Maçons consideravam Thoth como o seu patrono."

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